O JOGO ELEITORAL se movimentou nesta última semana. Como era previsto, a chamada terceira via começa a se afunilar. Registre-se: a terceira via é majoritariamente representada pela turma que ajudou a eleger Bolsonaro.
O ex-juiz Sergio Moro largou o Podemos, anunciando que desistiria do Planalto e foi se abrigar no União Brasil, o partido que nasceu da união entre DEM e PSL. Já o governador João Doria anunciou que desistiria da candidatura, mas, em seguida, desistiu de desistir.
Enfraquecidos dentro dos seus partidos e sem decolar nas pesquisas, os pré-candidatos da terceira via, que juraram que não desistiriam do Planalto, começam a ver seus projetos pessoais em risco.
Moro, mal estreou na política e já começou abandonando aliados. Sem nem completar quatro meses no Podemos, resolveu cair fora para se abrigar em um partido com maior estrutura e maior fundo partidário. A esperança é de que não apareça nenhum candidato da terceira via melhor colocado nas pesquisas, fazendo com que na hora H o partido o aceite como candidato.
O tucano João Doria jogou pesado nos últimos dias e ameaçou trair seu vice e seu partido. Há muita resistência da cúpula do PSDB à candidatura de Doria, que não consegue decolar nas pesquisas. O governador paulista percebeu essa movimentação para isolá-lo e lançar Eduardo Leite como presidente no seu lugar.
A terceira via, até aqui não se entende, mas sabe que precisa obrigatoriamente ter um candidato único se quiser ser competitiva. Moro e Doria ficaram muito marcados por suas atitudes dos últimos dias. Muito provavelmente, não serão o candidato da terceira via à Presidência.
Pedro Peloso – 03/04/2022
(Elaborado a partir de um Artigo do Jornal Intercept Brasil - Internet)
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