Na vida diária, todo mundo faz análise de conjuntura. Vê o sinal do tempo e se prepara para encarar o clima: se ameaça chuva leva guarda sol, se for sol leva sombrinha. E veste a roupa adequada à ocasião.
Analisar a conjuntura da sociedade é mais complicado. Mas, também se olha os sinais, fatos, discursos para descobrir o que eles revelam e também interpretar o que eles querem dizer, defender e convencer.
Ninguém pode ser ingênuo. Pois, não há palavra, nem gesto inocente. Atrás de tudo há sempre uma ou várias intenções. De forma honesta ou manipulada, há sempre uma disputa de interesses contrários.
Tema Atual – Viagem à China
Lula foi aos EUA e levou pouca gente. Falou de paz, amizade, cooperação... Mas, além dos discursos sobre o meio ambiente, direitos humanos...só obteve a promessa de mixaria para a defesa da Amazonia.
Agora, vai para a China, acompanhado de uma delegação de quase 300 pessoas. Por que esse interesse? Os empresários pensam no imenso mercado para vender e comprar. E qual é a aposta do governo?
O governo anterior quebrou, desindustrializou, desmontou o Estado, não cobrou imposto do agronegócio e vendeu a soberania do País. O novo sabe que só se manterá se criar empregos e investir no social.
A elite no Brasil nunca pensou num Projeto de País, é rentista: quer ganhar muito e logo. Por onde passa deixa um rasto de terra arrasada. Hoje, prefere aplicar no financeiro que investir na produção de mercadoria.
Com a China há interesse de vender mais matéria prima, atrair empresas para o país e conseguir crédito para aplicar na infraestrutura. Na política, vai discutir a paz que se contrapõe ao projeto de guerra dos EUA.
O lado chinês, na disputa de hegemonia do mundo, avança sem interferir na autonomia dos países, entra pelo comércio, oferece parceria e dispõe de capital e tecnologia. Tem interesse em comida e energia.
De um lado, o que vai sustentar o novo governo são os programas sociais que lhe darão popularidade. Mas, de outro, sem dinheiro não terá desenvolvimento econômico que garante mais que programas sociais.
Um país não pode ficar dependente de outro. Quando Lula diz o “Brasil voltou” reforça a convicção de que ninguém vai sair do atoleiro sozinho e que em parcerias pode crescer a interajuda e crescimento mútuo.
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